A Osteopatia chegou ao Brasil em 1987 trazida por Bernard
Quef. A paixão dele por nosso país foi
tanta, que um tempo depois ele fixou residência
aqui e iniciou uma luta para tornar a Osteopatia uma profissão independente da Fisioterapia e da Medicina, como é na Austrália,
Nova Zelândia, Canadá, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Suíça, França, Áustria,
Holanda, Espanha, Itália, Grécia, Noruega, Finlândia, Suécia como mostra o
Registro Brasileiro de Osteopatia (http://www.registrodososteopatas.com.br/links.html).
Em 2009, Bernard partiu desta para outra dimensão e na época
escrevi esta homenagem a ele que foi endereçada aos membros do Instituto que ele
criou, IBO e a deixo registrada em meu
blog como uma eterna gratidão por seus ensinamentos. Foram de nossos estudos
que herdei todo o encantamento pelo Sistema Visceral e me fez hoje lecionar
esta cadeira no Instituto Brasileiro de Osteopatia.
20/10/2009 À MEU MESTRE
Se tivesse que dizer uma palavra para defini-lo, eu diria
INTENSIDADE. Tudo na vida dele foi muito intenso. E ele sempre nos despertou
sentimentos também muito intensos.
Da mesma forma que os pais educam e dizem “nãos”, ele também
o fez. Sempre com muita paixão pela
Osteopatia, nos obrigou a tomar caminhos e fazer escolhas que naqueles
momentos, não entendíamos e muitas vezes foi
intensamente duro, para que trilhássemos esses rumos. Ele por muitos
anos nos orientou, nos consolou diante de tantos questionamentos e tantas
angústias.
Adotou a nossa terra como sua pátria do coração, a nossa
cidade maravilhosa como sua moradia, e o nosso grupo como sua família
osteopática.
Confiou tão intensamente em nosso povo, que foi aqui onde
ele escolheu para fundar sua escola. Fez do ideal dele, o nosso ideal.
Para cada um de nós, houve uma abordagem diferente, uma
preparação diferente. Ele descobriu o potencial de cada um e o desenvolveu sem
que percebêssemos. E hoje retiramos de nós o fruto das sementes que ele nos
plantou.
De todas as suas paixões, ele sempre disse que NECESSITAVA
ficar próximo ao mar. Nada pode
expressar melhor a imagem de nosso
MESTRE. Ele tinha momentos de intensa agitação em defesa de suas convicções e
outros de tamanha mansidão e sutileza ao se deparar diante de alguém que
precisasse dele.
Toda essa combustão gastou muita energia e antecipou sua
partida.
Mas como todo gênio, quando se despede, deixa suas obras. E
assim, ele o fez. Só descansou depois de
ver a sua em movimento; cada um em seu
lugar, executando suas funções da forma
como ele sempre sonhou.
E assim, ele nos deixou o seu maior tesouro. Sentimos-nos
herdeiros de seus ensinamentos, de suas idéias e principalmente de seus ideais.
E é com esse compromisso, que nos unimos para fazer valer
todo o esforço de quem um dia abandonou a França para nos adotar.
E é com este ideal que vamos continuar sua obra e fazer
perpetuar as suas palavras. Temos o
compromisso de criar, não apenas osteopatas, mas sim indivíduos com outra
percepção do que é ser, HUMANO. Não somos apenas pessoas com cabeça, tronco e
membros. Somos indivíduos com corpo, mente e alma
É por isto e por
todas as oportunidades que tivemos que nos honramos em ter feito parte da ERA
BERNARD QUEF. Agradecemos a ele por todo o empenho e nos comprometemos com
todos da nossa escola a mantermos a qualidade de seu ensino.
Clarice
Couto
Belissima homenagem Clarisse!! bjos :))
ResponderExcluirMarcos Martins
Obrigada, Marcos..... E assim vamos caminhando....Bjs
ResponderExcluirCara Clarice Estou procurando um osteopatia no Rio chamado Philippe Paillous, que escreveu um livro com seu homenageado. Fiz uma consulta com ele em 2004 que me curou de uma dor lombar de um ano e meio de duração. Soube que ele não está mais atendendo. Mandei uma msg para ele no FB, mas ele não respondeu. Vc saberia me dar notícias dele? E se ele não estiver mais atendendo, vc poderia me indicar um osteopatia da qualidade dele? Grata desde já
ResponderExcluirRuth Jeunon ruthjeunon@gmail.com